Off das redes, on na sua vida
Uma das principais coisas que notei quando decidi não usar o celular no final de semana foi: a quantidade de coisas que consigo fazer dobrou.
Para entender melhor, quem nunca entrou no insta e quis ficar cinco minutos no reels e quando percebeu já se foi quase uma hora?
A internet faz isso com a gente.
Na sexta a noite eu já entro no clima de "final de semana off", onde me desconecto totalmente das redes sociais e procuro viver mais o real e menos o virtual.
O insta é também um meio de trabalho para mim, e como estou de folga da empresa, procuro estar off por lá também. O resultado sempre é muito bom!
Já tentou se desligar também? 😉
Garimpos
O garimpo da vez são ilustrações da Lainey Molnar
Eufrosina Cruz Mendoza
do livro “101 mulheres incríveis que mudaram o mundo”
Ativista dos Direitos Humanos. Eufrosina nasceu na cidade de Zapotec, na província mexicana Oaxaca. Os zapoteques são um povo indígena com a própria línguagem. As mulheres devem se casar cedo e cuidar dos filhos, mas Eufrosina queria mais. Ela se mudou quando tinha 12 anos, para trabalhar e estudar contabilidade. Ela retornou quando tinha 28.
Eufrosina concorreu para prefeita e ganhou, mas as leis de Oaxaca não permitiam que mulheres exercessem um cargo público ou mesmo votassem. Ela lutou por esses direitos e, como resultado, a lei mudou em 2008. Eufrosina fundou uma organização para defender as mulheres indígenas e a educação para superar a pobreza.
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Idas e vindas de amor
+500 palavras deste romance que estou escrevendo, leia a parte anterior clicando aqui.
Engoli em seco. Franzi os olhos. Eu tinha ouvido direito? Seu olhar ainda continuava a me queimar. Sabe qual é o problema de intensificar tanto seu olhar para tentar atingir o outro? Quando você quer ler a alma de alguém, a sua também fica exposta. E assim como a minha, a dela também estava quebrada. Vazia. Escura como as pupilas dilatadas de nossos olhos.
A resposta estava pronta para sair da minha boca. Eu estava sóbrio. A mulher em minha frente era linda. Eu seria um tolo se recusasse. E ainda assim parecia difícil concordar. Não por ela em minha frente, mas beijar outra boca, não era aquela que um dia tinha chamado de minha. Três anos depois e flertar com outra mulher ainda me parecia traição. Meu coração se apertou no peito. Eu precisava enfrentar aquilo. Tinha que enfrentar.
— Não me parece algo tão difícil assim — o sorriso saiu mesmo com o coração apertado.
— No final do jantar, temos um trato? — Foi minha vez de estender a mão.
— Temos um trato — ela abriu um novo sorriso, varrendo de dentro de mim a amargura.
Do outro lado da mesa, Luís segurava na mão de Carla e balançava a cabeça reprovando minhas atitudes. Mexi a boca em silêncio para ele “namoro” e ele revirou os olhos.
O garçom veio e trouxe a comida. Depois mais uma taça de vinho. E todos riram e conversaram. E eu me diverti também. Carla fez mais piadas com meu primo, revelando a intimidade e amizade que um já tinha para com o outro. Pouco a pouco, um foi saindo, depois outro, e outro e mais outro. A amiga loira da ruiva se foi. Depois meu primo e sua não-ainda namorada (claro que ele me deixou mais um olhar de reprovação). E quando dei por mim, somente ela e eu estávamos na ponta da mesa ainda, conversando amenidades.
— Parece que o final da noite chegou — ela comentou.
— É o que parece.
Nós estávamos sozinhos na mesa. Final do jantar. O beijo. De repente, meu coração acelerou algumas batidas. A luz do restaurante parecia menor, poucas pessoas ainda estavam lá.
— Tudo bem por você? Sabe, não precisa fazer algo só por...
— Eu quero — ela me interrompeu. Eu engoli em seco.
Ela virou o corpo mais ainda na minha direção e se inclinou. A mulher era linda, sem sombra de dúvidas. Era sobre isso que Luís estava se referindo? Chegar tão fácil? Adentrar tão rápido em um coração? Mantendo um sorriso suave nos lábios? O que chega rápido, vai embora na mesma pressa que chegou. Seu aviso era sobre isso? Sobre como seus olhos verdes podiam tão facilmente hipnotizar alguém?
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