Bom dia setembro!
O mês da primavera começou e a melhor parte disso é que no próximo dia 07 é feriado.
Meu novo livro vem aí!
“Os textos da minha vida” ganha sua versão física no próximo mês. O livro reúne poemas, textos e reflexões sobre vida, amor, família e amigos. Foi escrito entre 2010 e 2020, dos meus 13 aos 23 anos.
Está em pré-venda em meu site e os envios para todo o Brasil serão feitos a partir de 26/09. Siga-me no instagram para saber mais sobre as curiosidades deste livro.
Garimpos
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Hillary Rodham Clinton
do livro 101 mulheres incríveis que mudaram o mundo
Nascida em Chicago, EUA, Hillary nasceu em uma família onde seus pais queriam que ela tivesse as mesmas oportunidades que seus irmãos. O interesse por política começou quando ela ainda estava na escola. Quando estava completando seu diploma em ciência política, Hillary se tornou apoiadora do movimento pelos direitos civis. Ela decidiu se tornar uma advogada para poder ajudar a tornar o sistema de governo mais justo.
Em 1975 ela se casou com Bill Clinton, que foi eleito presidente em 1992, fazendo da Hillary a primeira-dama. Em 2000 ela foi eleita senadora pelo estado de Nova York. Nas eleições que elegeram Barack Obama ela o apoiou e foi secretária de estado entre 2009 e 2013, visitando 112 países e se tornando uma voz poderosa dos direitos das mulheres e crianças.
“Para todas as meninas (…) nunca duvidem que vocês tem valor e são poderosas e merecedoras de todas as chances e oportunidades do mundo.”
Em 2015, Hillary concorreu à presidência, mas perdeu para Donald Trump. Sem aceitar a derrota, ela criou a fundação Onward Together, em 2017. Ela financia grupos políticos que compartilham a visão de Hillary dos Estados Unidos como um lugar mais justo e inclusivo.
Idas e vindas de amor
+500 palavras deste romance que estou escrevendo, leia a parte anterior clicando aqui.
Levantei a mão e prontamente o garçom veio, anotando meu pedido e deixando em nossa frente um limão cortado em quatro partes.
— Devo ficar com medo? — Ela ergueu a sobrancelha olhando para a fruta.
— Tem que chupar duas partes do limão, sem fazer careta, nem fechar o olho. Se eu ganhar, você me passa seu número de celular.
— Você é bom — ela sorriu, como se estivesse admirada com meu plano de conseguir seu número. — E se eu ganhar?
— Você escolhe — dei de ombros... aquilo nem estava passando por minha mente.
Seu sorriso aumentou.
— Feito — ela estendeu a mão e eu a apertei, era macia, de dedos longos e finos. Na verdade, está aí uma palavra que a descreveria bem: fina. Na altura, no corpo, na roupa, na atitude... Aquela mulher parecia levantar o nariz e nunca mais abaixar. — Já está valendo?
Assenti.
Ela pegou duas partes do limão, uma em cada mão, e me encarou, fundo em meus olhos. Levou a primeira parte na boca e sem uma mísera careta sugou o suco amargo da fruta. Fez a mesma coisa com o segundo, sem deixar de me encarar. Quem fez careta foi eu, imaginando o amargor do limão. E ainda como se para mostrar quem mandava ali, pegou o terceiro corte do limão e o levou a boca também.
Meu queixo caiu.
Da taça com água que estava ao seu lado, tomou um gole. Sem careta. Sem tremer o olho. Sem repuxar o rosto.
— Isso não é possível — estavam fabricando limões doces agora? Peguei o último pedaço que estava entre nós e coloquei na boca. Argh. O negócio amarrou minha boca no mesmo instante. Coloquei a língua para fora em uma careta que eu sabia que não estava nem um pouco bonita. — Mulher, isso aqui está horrível.
Ela riu.
Aí o alerta sonoro piscou em minha mente.
Quem em sã consciência chupa um limão e sorri? Naquele momento eu deveria ter pegado minhas coisas e saído do restaurante, da cidade, do estado... Garantir de alguma forma que eu nunca mais me encontraria com ela. Que homem em plena consciência continuaria ali?
Mas eu não estava pleno, não é? Estava quebrado. E finquei mais ainda meu corpo naquela cadeira. Se era loucura? Talvez. Mas eu queria saber onde aquilo iria terminar. Naquele momento, a mulher de madeixas ruivas me fascinava ainda mais. Ou ela era muito amarga para não sentir o gosto, ou doce demais para combater a acidez.
— Sim, está horrível, pode beber minha água — ela colocou o copo em minha frente e sem hesitar dei longos goles. — Parece que alguém perdeu.
— Por essa eu realmente não esperava.
— Eu gosto de surpreender — disso eu não tinha dúvidas. — E de ganhar. Nunca perco.
Sua voz transbordava convencimento. Ela estava me confundindo. Ao mesmo tempo que seus olhos pareciam doces e intensos, suas palavras demonstravam orgulho.
— E o que quer? — Eu já estava me arrependendo de ter começado aquela aposta.
Ela bebeu mais um gole da água. Olhou para a taça e em seguida, sob a pestanas, me encarou, como se pudesse ver através de mim.
— Um beijo.