Lembre-se de descansar
Às vezes precisamos daquele domingo onde não fazemos absolutamente nada. O corpo e a mente agradecem. O dia seguinte está sempre aí para você correr mais um pouco.
O post de hoje é sobre Anne de Green Gables, digo, Anne e a Casa dos Sonhos
A ruiva mais amada da literatura, de Anne With An E (Netflix), tem sua própria coleção de livros, caso você não saiba. O quinto volume da série chama-se “Anne e a casa dos Sonhos”, e conta a vida dela depois de casada, o nascimento do primogênito e tantas outras aventuras com amigos e vizinhos ao longo de um ano.
Ler Anne é como convidar uma velha amiga para tomar café em casa e juntas, conversar sobre a vida, os últimos acontecimentos e tudo o mais que se tem direito. A leitura é sempre muito boa e fluída, e eu, por minha vez, acabo grifando várias partes que me tocam.
Hoje, decidi compartilhar esses quotes com vocês.
A vida é feliz quando se está com o homem certo.
Estranho como as pessoas parecem se ressentir de quem nasce um pouquinho mais esperto do que elas, não é?
Se não fossem os sonhos, seria melhor sermos enterrados de uma vez. Como suportaríamos viver sem a promessa da imortalidade?
É tão horrível não ter nada para amar! A vida torna-se tão vazia, e não há nada pior do que o vazio.
Garimpos
Uma newsletter com uma história de amor verdadeira todos os domingos.
Best-seller “Até o verão terminar” da Coleen Hover, de R$49,90 por R$27,99.
“Fome emocional: o que é como reconhecer”, matéria na CLÁUDIA ONLINE.
Manas que inspiram: Hellen Keller, ativista e escritora
do livro 101 mulheres incríveis que mudaram o mundo
Helen Keller nasceu no estado do Alabama, EUA. Uma doença que a acometeu a deixou cega e surda aos 19 meses de idade. Por não conseguir ouvir, Helen não aprendeu a falar, tornado-se irritada e frustrada por não conseguir se fazer entender.
Helen tinha seis anos de idade quando sua mãe encontrou a tutora que iria mudar sua vida. Também parcialmente cega, Anne Sullivan reconheceu a necessidade de Helen por disciplina, carinho e - acima de tudo - uma maneira de se comunicar.
Apesar do mundo ser repleto de sofrimento, ele também está cheio de superação.
Helen foi uma aluna aplicada e em poucos meses, ela conseguia conectar objetos com palavras, ler sentenças em tipografia elevada e até mesmo escrever com uma caneta. Quando ela tinha dez anos de idade, aprendeu a falar colocando seus dedos nos lábios, língua e garganta da professora e sentindo as vibrações.
Ela foi a primeira pessoa surdo-mudo a conseguir um diploma universitário. Hellen se tornou uma escritora inspiradora e famosa mundialmente. Sua autobiografia “A História da Minha Vida”, publicada em 1903, foi traduzida para 50 idiomas. Helen palestrou e fez campanhas pelos direitos das mulheres, assim como pelas condições de vida de pessoas com deficiências.
Idas e vindas de amor
+500 palavras deste romance que está sendo escrito. Leia a parte anterior clicando aqui.
Caminhei em passos suaves e confiantes até onde ela estava. Conforme a distância entre nós diminuía, mais detalhes seus me eram revelados. O contorno preto do olho, o verde como a imensidão de uma floresta, pequenas sardas tentando se esconder por baixo da maquiagem, os lábios finos rosados, o cabelo penteado milimetricamente de lado para não ter nenhum frizz. Ela era muito bonita, sem sombra de dúvidas. Seu olhar me acompanhou até que eu estivesse sentado ao seu lado.
— Acho que você me deve dez reais — ela disse para a amiga loira antes que ela levantasse e nos deixasse a sós no canto da mesa. Se antes eu estava curioso, fiquei mais. Sua atenção voltou para mim novamente — Você não trabalha na revista.
— Pode ser que eu tenha vindo de penetra, em minha defesa, eu não sabia que era exclusivo da revista.
— E o que o penetra faz? — sua voz era decidida em cada sílaba, como se sempre tivesse o controle na palma das suas mãos. Por um instante me ocorreu como ela ficaria sendo surpreendida, sem falas, sem saber o que fazer... Um sorriso involuntário abriu minha boca imaginando-a desconcertada.
— Sou neurocirurgião e primo do fotógrafo.
— Ah, ele comentou de você — franzi a testa imaginando o que ele disse. O homem era um tagarela que sempre dava com a língua nos dentes. Eu não queria nem pensar no que ele tinha dito... Eu não precisava que mais ninguém sentisse pena de mim. Eu precisava era mudar o foco daquela conversa.
— E você, o que faz na revista?
— Sou colunista de moda... E modelo nas horas vagas.
— Isso explica muita coisa — e quando vi já tinha falado. — O vestido verde combina com a sua... — procurei algo em que pudesse completar a frase, o suor frio já começando a escorrer sobre minha pele — bolsa.
Ela riu.
Eu também ri. De nervoso. Eu nem sabia que estava enferrujado naquilo. E eu nem estava tentando conquistá-la... Passar mais de três anos com uma mesma mulher, depois mais três sem ela, com certeza não te preparava para falar com outras mulheres.
Aquilo estava sendo desastroso.
— Gosta de apostas? — tentei de novo, lembrando quando sua amiga nos deixou a sós.
— Sim, e não costumo perder.
— Quer apostar algo?
Ela ergueu uma das sobrancelhas, desconfiada. A conversa, finalmente, tomando um rumo diferente. Seus olhos brilharam, curiosos.
— O quê?
Olhei em volta, procurando algo que pudéssemos apostar. Eu precisava do número de celular dela, só isso. Quando vi um garçom passando segurando salada e limões cortados, a ideia veio. Não era boa, mas genial para que eu conseguisse seu número.